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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ato público contra a discriminação racial nesta sexta na Costa Pereira

Um ato público pela eliminação da discriminação racial, nesta sexta-feira (03), na praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, está sendo organizado pela Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos da Prefeitura de Vitória (Semcid), em parceria com o Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes).

O evento vai denunciar o extermínio de jovens negros vitimados pela violência. No Espírito Santo, 287 jovens negros de até 24 anos são vítimas de homicídio por ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública, referentes ao ano passado.

O ato público inicia às 15 horas, com um microfone aberto à população e autoridades para manifestações contra o preconceito racial e a eliminação de jovens negros, com distribuição da cartilha "Racismo: tô fora!", elaborada pelo Fejunes. O ato segue até as 18 horas.
Das 18 às 21 horas, a programação continua no Centro de Referência da Juventude, que fica na Ilha de Santa Maria, em frente à Fábrica do Trabalho. Será exibido o vídeo documentário "Extermínio da Juventude Negra", seguido de debate. Logos após, apresentações do Teatro Odomodê e dos cantores Preta Roots e Rasta Cristhian.

Com o tema "Racismo: tô fora!", o Fórum Estadual da Juventude Negra lança, neste ato público, uma cartilha com denúncias contra racismo e extermínio de jovens negros.
"A vida de um jovem negro não é nada fácil. O racismo no Brasil atinge milhares de pessoas e não escolhe momento e nem local. Qual jovem negro que nunca foi chamado de macaco, carvão, tição, vela queimada etc? Seja na escola, no trabalho, no ônibus, no futebol, na rodinha de amigos e outros lugares, isso sempre acontece e muitas pessoas acham normal", afirmam os jovens do Fejunes.

Eles denunciam também que quando vão ao banco passam por constrangimento, pois a porta-giratória "parece que é programada para barrar qualquer pessoa de pele negra, enquanto as outras passam normalmente, sem maiores problemas".
Nas lojas de roupa e acessórios, shoppings e supermercados também se sentem discriminados, "Sempre tem aquele segurança que vigia todos os nossos passos, para se assegurarem que não iremos subtrair nada do estabelecimento", dizem.

Na visão do Fejunes, a mídia também é uma grande colaboradora na propagação do racismo. "Programas com ‘piadas' discriminatórias são veiculados diariamente e ajudam a construir a imagem negativa do negro. As novelas sempre trazem abordagens negativas do nosso povo. Os personagens que nos ‘representam' geralmente são serviçais, criminosos ou figuras com menos expressões", contam.

"Nos jornais, seja ele escrito ou televisionado, percebemos a abordagem diferenciada, sempre prejudicial aos negros. Essa "colaboração" da mídia alimenta, a cada dia, a visão racista da sociedade e viola a imagem do jovem negro, que é visto sempre como um coitadinho ou como um mau "elemento"", ressaltam.

Para mudar esta situação, o Fejunes convoca a juventude negra a se engajar nas lutas sociais e exigir melhorias na qualidade de vida. Participar das associações de moradores, do movimento negro, dos sindicatos, dos grêmios estudantis, dos partidos políticos, do parlamento, dos grupos de jovens, do movimento hip-hop e reivindicar políticas de ações afirmativas que revertam esta situação.

Fonte: Prefeitura de Vitória (http://sistemas6.vitoria.es.gov.br/diario/noticia.php?idNoticia=525)



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